Webmail
Fale conosco
Pesquisadores do IFMS realizam estudo sobre produtores de tomate de Antônio João
DESENVOLVIMENTO
Foto: Assessoria de Comunicação
24/08/2018 08:47
Resultado da pesquisa foi apresentado durante 56º Congresso Nacional da SOBER na Unicamp   Uma pesquisa realizada por um grupo de pesquisadores do campus de Ponta Porã do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), foi apresentada durante o 56º Congresso Nacional Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER), realizado no mês de julho passado na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), tendo como tema central o processo de transformações em curso no mundo rural e os impactos do mesmo nos rumos do desenvolvimento rural brasileiro.   O estudo foi elaborado pelo grupo de pesquisadores do curso de Tecnologia em Gestão do Agronegócio, formado por Jackeline Leandro Dublim, Suzani Vanesa Schiefelbein Olmedo, Fábio Henrique Paniagua Mendieta e Lesley Soares Bueno. O objetivo foi de analisar o perfil de agricultores familiares que produzem tomate na região de Antônio João. O trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa descritiva, por meio de entrevistas com 20 produtores que trabalham com agricultura familiar na produção de tomate no município.   Conforme a conclusão do estudo, cerca de 80% dos agricultores que trabalham com a produção de tomate e de diversas hortaliças plantam suas lavouras em áreas de no máximo 5 hectares. Detectou que 55% da mão de obra utilizada vem dos próprios membros familiares e 15% são mistos. Cerca de 55% das áreas destinadas a produção de tomate nas pequenas propriedades é de 1 hectare e os outros 45% ocupam até 2 hectares. A pesquisa apontou que 60% dos tomaticultores também trabalham com hortaliças; 5% produzem frutas, 25% produzem milho, 10% soja e 15% com pecuária leiteira.   Variedade Sobre a variedade da produção de tomate, os pesquisadores identificaram que cerca de 90% dos produtores estão optando pela variedade caqui, tendo em vista a grande aceitação por parte dos consumidores e também dos comerciantes, já que é um fruto de maior durabilidade. A variedade saladete é produzida por 35% dos agricultores por ser uma cultivar de grande aceitação por parte do mercado regional, principalmente dos atravessadores, que são aqueles que compram no campo para revender para os comerciantes da zona urbana. As variedades longa vida e santa cruz ocupam cada um 5% das áreas plantadas.   Mesmo com baixo grau de estudo os produtores conseguem manter uma boa média de produção, alcançando cerca de 300 caixas do fruto para cada mil pés plantados. A pesquisa indicou que parte dos agricultores estão cultivando tomate há menos de 10 anos e que em virtude da pouca instrução enfrentam dificuldades no gerenciamento da propriedade. Cerca de 75% dos pesquisados são os responsáveis pela tomada de decisão dentro da propriedade, mas nem sempre decidem de forma estratégica. O estudo aponta que os tomaticultores poderiam ganhar mais, mas para isso precisariam de uma melhor qualificação desde o início com a preparação da área, fazendo o plantio correto, manutenção das lavouras com o permanente controle de pragas até o momento de colheita e comercialização da safra.
Texto/Fonte: Assessoria de Imprensa